segunda-feira, 18 de maio de 2009

blogaem coletiva- em defesa da infancia

Tenho muito pra falar

Mais hoje será em defesa da infância


Lembram estou postando um texto do blog que falei a vcs a 2 post atrás .


Vamos defender nossas crianças .




bj.



Registro de abuso sexual de crianças em SP triplica, e agora envolve avós


Maio 18, 2009 por Ana


por David Moisés


Triplicou o número de crianças vítimas de abuso sexual levadas a atendimento em unidades de apoio comunitário nas zonas sul e leste de São Paulo. De outubro de 2008 para cá, a média de novos casos passou de dez por mês para um por dia, informa a pedagoga Ana Cristina Silva, coordenadora da Rede Criança de Combate à Violência Doméstica, organização que atua há dez anos nas duas regiões, em parceria com a prefeitura e o governo federal.
Chama atenção também o aumento dos casos envolvendo crianças mais novas. “Costumamos atender vítimas na faixa de 7 a 14 anos, mas têm aparecido muitas vítimas de 2 ou 3 anos de idade”, observa Maria José de Morais, que lidera a unidade de Aricanduva. Outra novidade desconcertante: os pais biológicos são maioria entre os agressores e, agora, também os avós começam a aparecer neste grupo.
Maiores agressores, por número de casos em atendimento nas unidades da Rede Criança nas zonas leste e sul de SP até 15/05/09:


1º – Pai
2º – Padastro
3º – Mãe
4º – Avô
5º -Avó
6º -Tio
7º – Desconhecidos


O quadro reflete um número maior de pessoas dispostas a denunciar os abusos e a procurar ajuda, e não necessariamente um aumento no número de vítimas. Quanto a isso, não há indicação estatística. “O que temos hoje é a estimativa de que, no mundo, a cada 3 minutos uma criança sofre abuso sexual”, diz Ana Cristina.
O aumento de registros se deve, segundo a coordenadora, ao fato de haver hoje mais informação a respeito do abuso sexual de crianças, na mídia e também em escolas e unidades de saúde. “Costumávamos receber vítimas e agressores encaminhados pelas varas de infância, varas criminais e conselhos tutelares, e agora também hospitais e unidades básicas de saúde nos encaminham, além da própria comunidade.”
Há 457 casos de abuso sendo tratados pelos 46 assistentes sociais, psicólogos e pedagogos nas três unidades da Rede Criança (duas na zona leste e uma na zona sul). Meninas e meninos, praticamente em igual proporção, recebem atendimento e participam dos diversos grupos de apoio e atividades terapêuticas.
O trabalho envolve também um total de 380 famílias. “O abuso sexual não afeta só a vítima direta, mas também seus irmãos; e o grupo familiar se desestrutura”, diz Giovana Odinna, da unidade da zona sul. Esses números foram atualizados na última triagem quinzenal da Rede Criança.
O estupro é o tipo mais numeroso entre os casos atendidos, tendo homens e mulheres como protagonistas. Mas há entre as crianças muitas que foram seduzidas ou forçadas a satisfazer os adultos por meio de masturbação. Em todos os casos houve, pelo menos, atos libidinosos. “Não há dúvida da intenção maliciosa do adulto, porque isso aparece no estrago psicológico que a criança apresenta”, conta Maria José.
As vítimas de atos libidinosos, ou “bolinação”, relatam a manipulação dos genitais, beijos e mordidas, por exemplo. “Abuso não é só a violação”, explica Maria José. Tudo o que caracterize o uso da criança para satisfação sexual do adulto é considerado abuso e, portanto, é crime. E toda forma de sedução e uso de crianças para o prazer sexual de adultos é devastador para a infância.
Essa devastação tem sido perpetrada por muitos pais biológicos e, surpreendentemente, por avós, segundo os registros da Rede Criança. Há casos em que o casal comete abuso. “Há mães que abusam, pais que abusam, parceiros que ocultam o abuso cometido pelo outro, e casais em que ambos abusam”, diz Ana Cristina.
Os avós abusadores são mulheres e homens que ficam em casa durante o dia, e se aproveitam da condição de estarem cuidando dos netos. “São pessoas que perderam seus parceiros, ou não têm prazer com eles, e se envolvem com os netos naqueles momentos em que dão banho, trocam de roupa…”
Entre os abusadores, de todas as idades, há muitos que agem pela conveniência da oportunidade, há os que se consideram no direito de fazer uso dos filhos para seu prazer e há os pedófilos, que sentem desejo sexual por crianças, especificamente.
Em qualquer caso, o abuso é crime, mas nem sempre é possível reunir provas para levar à prisão um abusador. “É difícil comprovar a prática de bolinação”, diz Maria José. Uns poucos agressores confessam. Ainda assim, a Rede Criança atende hoje 57 abusadores e suspeitos, muitos deles forçados por ordem judicial.
As equipes da Rede Criança ainda investigam se há um crescimento na ocorrência do abuso, mas só o aumento do número de encaminhamentos é suficiente para trazer preocupação. Por enquanto, a estrutura dá conta, mas Ana Cristina já vê surgir a necessidade de reforço. “Não queremos que vítimas de abuso sofram ainda mais em listas de espera por atendimento, mas vamos ter de pensar sobre isso.”
A tendência é de um aumento na procura por atendimento, até porque a Rede Criança está ampliando o trabalho de orientação em escolas e na rede pública de saúde, para que saibam identificar e encaminhar vítimas. “Os professores e os médicos precisam saber que, muitas vezes, por trás de um problema disciplinar ou de saúde há um caso de abuso sexual.”


Para denunciar e buscar ajuda:
Rede Criança – São Miguel Paulista Av. Águia Haia, 4378 Fone: 11 2280 0746
Rede Criança – Campo Limpo Rua Francisco Jerônimo, 116 Fone: 11 5511 9111
Rede Criança – Aricanduva Rua Forte Ernesto, 9A Fone: 11 2036 8287


FONTE: BLOG NÓS – ESTADÃO

4 comentários:

Bárbara disse...

:(
To nessa tb...
Ja postei... Infelizmente o número de caracteres não deu... Enfim, uma realidade mto triste
:(

Dani Dias Delgado (Mamy Coragem) disse...

Amábile, fico me perguntando: - quem irá proteger nossas crianças.
Mas a informação, continua sendo nosa melhor arma.
Beijo querida

Maira disse...

Muito triste tudo isso, como que esses "seres" podem judiar de uma criança, ainda mais que na maioria das vezes tem seu próprio sangue.

Bjs. tristes

Chris disse...

:(
que tristeza.
mas eu não sei se o aumento foi mesmo da violência, ou se agora as pessoas estão denunciando mais...

Beijos!