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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Dia do fonoaudiólogo


Modos que tenho o blog já a um tempão , deixei de contar os aniversários , mais que me lembre nunca falei do Dia do fonoaudiólogo.
Talvez pq mesmo sendo fonoaudióloga eu nunca lembrasse no dia do meu dia.
Porém hoje aconteceu algo inesperado pra mim nestes meus 14 anos ( nossa como o tempo passa) , recebi um torpedo logo cedo de uma paciente fofa me desejando os parabéns . E mais a tardinha de uma grande amiga.
Detalhe isso nunca tinha me acontecido , pra dizer a verdade nem eu meso me lembrava disso no dia .
Tenho que confessar que ainda tive que pensar pra entender a mensagem , mais foi tão lindo me senti tão amada e tão importante .
E ai pensei pq eu demorei tanto pra voltar ...
Como eu amo essa minha escolha - ser fonoaudióloga.
Isso que nem contei aqui que voltei a trabalhar , já faz algum tempo, depois do meu afastamento quando foi pra Blumenau.
Nem contei aqui das minhas dúvidas e do pânico que senti ao voltar , de não saber se iria dar conta de ser profissional , mãe e esposa , de não saber mais se seria capaz de fazer e tb não contei da alegria que foi ao perceber que estava tudo aqui guardadinho dentro de mim e que foi só começar a fazer que tudo voltou a ser como era , o vocabulário a ligeireza no raciocínio cientifico e as ideias mirabolosas que temos durante uma sessão e que depois nos deixa pensando como inventamos aquela estratégia e nossa como deu certo.
Entonces que hoje essa mensagem fez todo sentido pra minha vida e coroou minha volta com brilho e me fez ter certeza mais que absoluta que eu nasci pra isso.
Aproveito pra parabenizar as fonos todas que conheço e a querida fono que atendeu meu Filhote e que foi inspiração e a mão de Deus nesta minha volta.
Kathia serei eternamente grata a você !
Feliz dia do fonoaudiólogos a nós todos !



Obrigada Faculdade querida que me formou ! Só tenho boas lembranças desta época

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

fono ....

A vontade de voltar a fonoaudiologar me cutuca cada dia mais ...
Acho que ainda não voltei por dificuldades técnicas e de logística
Mais ta aumentando insuportavelmente.
Já tinha visto esse texto , mais ontem a fono do filhote me falou dele
ai estava relendo e rindo , como gosto desses temos .
Em vermelho são minhas consideraçòes pessoais e coisas que falo e uso no dia a dia .

Fono não fala: Comunica-se;
Fono não engole sapo: Deglute o bolo alimentar;
Fono não dá um jeitinho: Faz manobra de facilitação; ou tem deglutição atipica
Fono não faz cara feia: Muda a expressão facial;
Fono não chora: Aumenta a secreção;
Fono não dá ataque: Tem distúrbio de conduta;
Fono não tem idéia: Tem plano terapêutico;
Fono não conclui: Faz relatório de avaliação;
Fono não se engana: Tem ato falho;
Fono não engasga : tem disfagia de fase oral - essa é minha
Fono não muda de interesse: Muda de estratégia;

Fono não ri: Faz mioterapia;
Fono não abraça: Faz estimulação corporal;
Fono não ouve: Produz ondas eletrofisiológicas;
Fono não solta a voz: Faz vibração de Pregas Vocais;
Fono não perde ar: Entra no ar de reserva;
Fono não escreve: Faz transcrição fonética;
Fono não lê: Tem consciência fonológica;
Fono não brinca, isso é terapia;
Fono não se despede: Dá alta parcial

ai que saudade

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Conversa de fono


Entonces que contei num post ai dias atrás que casa de ferreiro espeto é de pau e ia levar Ricardinho meu amor numa fono.
Bom eu fono levar filhote numa fono , parece coisa de louco!
Hoje levei o guri pra fazer avaliação , estamos no inicio mais não estava louca guri tá trocando surda e sonora e tem mais uns negócios, nada grave, que o olho de mãe não viu .
Começamos terapia e vamos ver no que vai dar .
Ricardo simpatizou de cara com ela e saiu falando que queria ficar mais , voltar todo dia , ufa ... ele que estava tão resistente , ai ... vc amigo vai dizer resistente?
Sim , pq se ele não tiver afim de fazer a coisa nem Jesus Cristo vindo a terra em pessoa da jeito de convencer o garotinho.
Eu estou bem feliz que parece que tudo se encaminha bem.
Ela me pareceu das minhas , foi direto na queixa , sem rodeios , falamos de um plano objetivo pra tratar o problemas , alivio ! Inclusive com metas e prazos - amei.

bj

Essas moças fonoaudiólogas são demais - modestia á parte , me vi nela falando com filhote , caramba que saudade de fonoaudiologar!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

por um fio

Este será outra assunto complexo e que talvez vcs me achem mais maluca do que eu sou normalmente.

Ontem de madrugada terminei de ler meu14º livro do desafio dos 50 livros e incrivelmente ele mudou alguma coisa dentro de mim , ou melhor me fez entender algo que eu realmente nunca tinha parado pra pensar. Li o livro m 2 dias e mudou tudo que eu pensava em relação a morte e a minha profissão.




O livro : Por um fio


Descrição: Em Por um fio, está de volta o narrador sensível e cuidadoso de Estação Carandiru, que, contando histórias reais, reflete sobre o impacto da perspectiva da morte no comportamento de pacientes e seus familiares. Drauzio Varella especializou-se em oncologia numa época em que o câncer era visto com tanto horror que nem sequer se pronunciava essa palavra - dizia-se "aquela doença" - e desde então convive cotidianamente com doentes graves. Em Por um fio, ele relata histórias que põem o leitor diante de questões delicadas, difíceis mesmo para quem lida com elas em sua rotina profissional. De um lado, a reação dos que se descobrem doentes, que vai da surpresa à revolta, do desespero ao silêncio e à aceitação. Do outro, a atitude dos parentes, que varia da dedicação incondicional à pura mesquinharia, da solidariedade ao abandono. E Drauzio conta ainda episódios surpreendentes de mudança de vida, como se a visão da morte fosse quase uma libertação, um divisor de águas que confere novo sentido ao porvir.
Editora: Companhia das Letras
Autor: DRAUZIO VARELLA


Voltando ao caso.

Já contei aqui que sou fonoaudióloga .

No consultório sempre tive uma quedinha por atender casos que ninguém normalmente queria , atendia pacientes com gagueira ( molezinha ) , sequelados de AVC( derrame ) , acidentes de automóvel , traumas em geral , paralisia facial , síndromes genéticas , paralisia cerebral. Uma amiga minha dizia que eu gostava de atender " só podrera - pq não atende uma troquinha articulatória "

Atendia mais gostava mesmo do desafio do difícil .

Mas câncer .... pra mim era muito ... sempre passei a bola pra outro com uma justificativa muito fragil , não consigo lidar bem com a morte, como se todo doente de câncer morresse , cá pra nós os de laringe muito comuns na minha área tem uma remissão muito fácil e pessoas sobrevivem muito bem .

Mas a fofa aqui fugiu sempre esses caso e hoje depois desse livro conclui que fazia isso pq tinha uma visão equivocada do meu trabalho com estes pacientes , eu só queria a cura e na verdade a medicina assim como a fonaoudiologia tá aqui pra aliviar o sofrimento se curar... ganhamos o ceú , mais não é o primeiro objectivo afinal nem sempre a cura é possível ...

Caramba os meus outros pacientes tb morriam ,perdi muitos que tiveram um segundo derrame ,outros de acidentes bobos . De verdade a cura veio pra poucos em muitos casos nós só melhoramos a qualidade de vida deles e o mesmo eu podia ter feito por outros ...

Atendi 2 caso no consultório pq não tive outro jeito .

O filho de uma senhoria amiga que ressindivou e morreu - que acabou por me fazer crer que não podia lidar com a morte e uma garotinha fofa que tinha tido um tumor benigno no cérebro - mais mesmo benigno o estrago foi grande , mais por não ser tão agressivo meu medo foi menor.

Na verdade nesse tempo todo mais ou menos 10 anos de consultório vi muita gente da família morrer de câncer , inclusive meu pai ( e acreditem de faringe- manja casa de ferreiro espeto de pau) , avô paterno ,sogra da mana ,atualmente a tia do meu cunhado tb tá e acreditei que não havia cura que não queria lidar com isso .

Fuga mesmo .

Hoje estou em casa mais definitivamente depois desse livro e da mudança que ele causou em mim se reabrir um dia o consultório com certeza não fugirei desses pacientes pelo meu medo particular , e não verei apenas a possibilidade de cura como único caminho , mais a verdadeira missão nesses casos que é aliviar sofrimento .

A cura é uma consequência .

bj

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Chove chuva, chove sem parar

Chove sem parar desde ontem a noite , e isso aqui em Blu é muito complicado , já , já tem alagamento.
O dia vai ser bem cheio hoje eu tô tão tensa que tive insônia e hoje cedo perdi a hora...
Hoje tem palestra numa creche que vou falar sobre uso correto de chupeta, mamadeira e estimulação de linguagem , não é meu forte não, mais até que mando bem , prefiro falar de voz , que amo. Mais o fonoaudiólogo tem que ir onde o povo esta e falar sobre o que eles gostariam de ouvir. Modos que vou fonoaudiologar muiiiiiiiito hoje .
Tô meio que encarando essa palestra como uma volta a ativa , visto que em breve poderei ter de volta meu consultório tão amado .
De noite vou comer inhoque , hoje é dia 29 e estamos fazendo isso todo mês pra atrair prosperidade e alguns pneuzinhos né. Lógico que a diversão tb é fundamental e é isso o que mais conta.
Continuem enviando suas ondinhas de apoio pq estamos ainda à procura da nova sede , ela tá a caminho tenho certeza disso.
E chove sem parar nessa terra.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

otite pra mães



Bom a otite tá pegando a criançada em cheio, lá no Lv tem um porção delas com otite, ai meu lado fono juntou com o de mãe e diante de tanta confusão , duvidas e médicos de PS do tipo TIGRÂO, quem e da área sabe o que quer dizer... pouco informado pra suavzar a coisa, euzinha resolvi desenferrujar o fonoaudiologuês e escrevi pra vcs amigas umas coisinhas sobre otite , no mínimo serve pra questionar o diagnóstico e entender melhor o tratamento.

Em caso de otite de repetição recomendo sem sombra de dúvida , consulte um otorrinolaringologista , e não fique fazendo experiências com os fofinhos. Pra diagnosticar otite e tratar tem que ser bom de analise e de otoscópio, não é todo médico que consegue ver uma otite em inicio , então vamos aos fatos;

Otite- preocupação de mãe



Otite é o termo médico usado para toda infecção do ouvido, que pode ocorrer no ouvido externo ou médio e pode ser aguda ou crônica.
O ouvido, órgão com a função de audição e equilíbrio, possui três divisões.
A primeira, a orelha externa compreende o pavilhão auricular e o conduto auditivo externo, revestidos por pele, que termina na membrana chamada tímpano. Sua função é localizar a fonte sonora, amplificá-la e levá-la até o ouvido médio.
O ouvido médio é uma cavidade preenchida por ar e que se localiza dentro do osso temporal (osso que faz parte do crânio e é bem duro) e contêm três pequenos ossos, o martelo, a bigorna e o estribo, que amplificam o som que chega à membrana timpânica para a parte mais interna do ouvido, o labirinto. No ouvido médio também se localiza a tuba auditiva, ou trompa de Eustáquio – nome antigo que não seu usa mais, que estabelece ligação com o nariz (fato importante na origem da otite média) e que é utilizada para igualar a pressão do ar entre o ouvido médio e o ambiente externo (por isso quando descemos a serra bocejamos ou deglutimos para "desentupir" o ouvido).
No ouvido interno encontramos O labirinto que possui uma parte destinada a percepção dos sons, chamada de cóclea, e à conversão das ondas sonoras para estímulos elétricos que serão levados até o cérebro, e outra que contribui para o equilíbrio do corpo.
A infecção da orelha externa é chamada otite externa e do ouvido médio é chamada otite média.
Existe vários tipo de otites, a mais comum a otite média aguda mais vamos a elas.

Otite externa


A otite externa é mais comumente causada por bactérias ou fungos. Na maior parte das vezes, eles penetram através de lesões na pele que recobre a orelha externa provocadas por objetos (cotonetes, grampos, por exemplo, ou mesmo por uma espinha ou cravo), por atritos ao coçar ou secar o ouvido e pelo contato com água contaminada (mar, piscina, banhos). O contato freqüente com a água pode facilitar a remoção da cera que serve de proteção para o canal auditivo. Por isso, a otite externa também é conhecida como otite dos nadadores.
Ocorre uma dor intensa, é bem dolorosa porque tem pouca gordura entre as terminações nervosas e a pele e diminuição da audição. Em alguns casos, podem aparecer secreção e coceira. O diagnóstico é feito considerando os sintomas e por meio do exame otológico que permite visualizar o interior do ouvido.
O tratamento da otite externa inclui analgésicos. Antibióticos e antifúngicos são usados como medicação tópica (gotas). Calor local ajuda a aliviar a dor e, no caso de haver coceira, aspirar a secreção pode ser a conduta indicada.

Otite média – o maior drama de nós mães.


A otite média é a segunda doença mais comum da infância, após as infecções de vias aéreas superiores. Segundo um estudo epidemiológico, aos 12 meses de idade cerca de 2/3 das crianças já apresentaram pelo menos um episódio de Otite Média Aguda (OMA), e aos 3 anos cerca de 46% já tiveram 3 ou mais episódios de OMA. Além disso, o estudo mostrava haver dois picos de incidência de OMA: entre 6 e 11 meses de idade (pico mais importante) e entre 4 e 5 anos de idade. Mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. Esses dados pensando na minha vida de mãe e consultando as carteirinhas da moçada bate 100%
A otite média aguda é uma infecção por bactérias ou vírus, que provoca inflamação e/ou obstruções e que se não for tratada pode levar à perda total da audição. Olha o pânico de mãe fonoaudióloga – pode mesmo. Costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, infecções na garganta ou infecções respiratórias.
A otite media, portanto é um processo inflamatório da fenda do ouvido médio e de seus anexos, sendo estes a tuba auditiva, ossículos e células da mastóide. Geralmente é bacteriano de reação inflamatória da rinofaringe. Em lactentes, devido a características anatômicas e funcionais das trompas, esta complicação é mais freqüente. Outros fatores predisponentes de otite média nas crianças são hipertrofia do tecido linfóide - traduzindo amídalas grandes e a postura, pelo hábito de se alimentar a criança deitada.
A Otite Média Aguda, em geral, não se apresenta isoladamente, mas são precedidas de infecções das vias aéreas superiores, sendo que a contaminação pode acontecer por contigüidade, através da tuba auditiva, por vias hematogênicas e/ou linfática peritubária. Sendo assim, rinites, rinossinusites, faringites e outros “ites”, virais ou bacterianos, potencialmente desencadeiam surtos de otite média.
Os vírus e bactérias, normalmente infectando o nariz e faringe, ascendem pela tuba auditiva e causam acúmulo de pus dentro do ouvido médio. A pressão exercida por esta secreção levará a dor ou não, acreditem nem sempre a molecada refere sentir dor, febre e diminuição da audição e os maiorzinhos podem contar que parece que a voz esta mais alta. Algumas vezes ela chega a ser tão intensa que leva à ruptura da membrana timpânica e saída de secreção purulenta misturada com sangue pelo conduto externo (otite média aguda supurada). E ai nós mães entramos em pânico total.
Os principais sintomas são, portanto, a dor muito forte ou não, diminuição da audição, febre, falta de apetite e secreção local se houver ruptura timpânica (perfuração do ouvido), diminuição da audição, febre, irritabilidade, desconforto, perda de apetite, vômito e diarréia
O diagnóstico se baseia no levantamento dos sintomas e no exame do ouvido com aparelhos específicos como o otoscópio. A região encontra-se avermelhada e abaulada, característica típica de uma inflamação.
O tratamento requer o uso de antibióticos e analgésicos. Em dois ou três dias, a febre desaparece, mas a audição pode leva mais tempo para voltar ao normal. Se a perda auditiva não regredir, pode ser sinal de secreção retida atrás do ouvido médio, que pode vir a ser retirada cirurgicamente através de uma pequena incisão no tímpano. O tímpano geralmente se regenera espontaneamente.


Otite média serosa. Esta é danada geralmente não dói e é de difícil diagnóstico.

A otite média serosa é caracterizada pela presença de secreção inflamatória (serosa). Em geral se manifesta por perda auditiva e otites agudas de repetição. Está relacionada à obstrução da tuba auditiva ou mau funcionamento por motivos diversos, podendo fazer parte do quadro clínico das alergias das vias aéreas superiores, aumento da adenóide e sinusites. Seu tratamento pode ser clínico, com resolução espontânea, e ocasionalmente cirúrgica, com a colocação de “tubinhos” de ventilação.

Otite média crônica - que Deus nos proteja de chegar aqui...

A otite média crônica se caracteriza por uma história mais arrastada, com duração de 3 meses ou mais. É a principal responsável pela queda da audição em crianças e, conseqüentemente, de alterações no aprendizado. Em geral apresenta uma perfuração permanente na membrana do tímpano, como seqüela de uma otite média aguda mal tratada e que esporadicamente se infecta (sobretudo quando há entrada de água pelo conduto – coisa comum na criançada por mais que se cuide) manifestando-se pela presença de secreção (pus).
As constantes reinfecções desta cavidade podem levar a seqüelas irreversíveis na audição e ainda possibilitar o crescimento de pequenas massas, os chamados colesteatomas, que passam a invadir o ouvido médio causando grandes complicações. O tratamento da otite média crônica inclui controle da infecção (em geral gotas tópicas) e proteção contra entrada de água e até mesmo o tratamento cirúrgico. A cirurgia visa evitar novas infecções e secundariamente tentar recuperar a audição que restou daquele ouvido.

Otites Virais


A duração é curta e há uma remissão da doença em 4 a 7 dias sem seqüelas. Os sintomas são: febre baixa e otalgia (dor de ouvido), membrana timpânica avermelhada. O calor local, analgésicos e descongestionantes orais pode ser bastante útil


Otites Bacterianas


São as otites mais graves e geralmente evoluem de 10 a 14 dias. Os primeiros sintomas são a otalgia e a vermelhidão da membrana timpânica. Depois, a febre torna-se alta e a dor maior, ocorrendo exsudação, abaulamento, edema e opacificação (membrana fica opaca) da membrana timpânica. Os mesmos cuidados da otite média devem ser tomados, assim como a utilização de gotas otológicas.

Recomendações e prevenções das otites


• Evite o uso de cotonetes, pois podem retirar a cera protetora do ouvido ou empurrá-la para dentro do canal auditivo ou até mesmo machucá-lo;
• Utilize protetores macios para evitar a entrada de água quando for nadar;
• Limpe, com freqüência, as secreções nasais provocadas por gripes e resfriados, para evitar que o catarro se acumule no nariz e na garganta. Essa recomendação vale especialmente para bebês e crianças pequenas um sorinho dá conta disso facilmente;
• Não introduza objetos que possam ferir a pele para limpar ou coçar o ouvido;
• Enxugue a orelha com cuidado, usando uma toalha macia enrolada na ponta do dedo;
• Cuidado com a automedicação e não siga sugestões de conhecidos para aliviar a dor de ouvido (leite de peito, ervas, azeite não devem ser colocados dentro do ouvido porque não funcionam e ainda podem causar uma inflação ou infecção agravando o quadro inicial);
• Procure atendimento médico sempre que apresentar dor de ouvido, coceira intensa ou diminuição de audição.
• Mantenha limpos os locais em que as crianças brincam e dormem.
• Não fume perto dele. Crianças expostas à fumaça de cigarro sofrem mais.
• Um gorro pode ser uma boa proteção nos dias frios, quando os pequenos estão mais sujeitos a doenças das vias aéreas superiores, fortemente associadas à ocorrência de otite.
• Na hora de amamentar, deixe o bebê mais inclinado, quase em pé. "Quando ele mama deitado, o leite pode escorrer internamente para a orelha media devido as posição das estruturas anatômicas do bebê e irritar a mucosa, provocando a secreção"
• Bebês que mamam no peito por um ano, no mínimo, têm o sistema imunológico mais forte. Assim, resistem mais a doenças e infecções e, conseqüentemente, sofrem menos com otites

  • Vacinas contra o Haemophilus influenza e o Streptococcus pneumoniae protegem as crianças de uma série de infecções menores, entre elas a otite média e a amigdalite. Especialmente a vacina contra o pneumococo, consegue reduzir a incidência de otite em 6% ou 7% da população infantil.

  • Para crianças que têm episódios freqüentes de otite média aguda (3 episódios em 6 meses ou 5 em doze meses), algumas alternativas de tratamento são: quimioterapia de amoxicilina; administração de vacina antipneumocócica polivalente em lactentes